Mártires
Matar líderes sindicais atuantes, como Álvaro Henrique (foto) e Elisney Pereira, professores determinados que estavam dispostos a enfrentar pressões, é um tiro a queima-roupa na Democracia. E não torna as coisas mais fáceis.
Trata-se de um banho de sangue na Constituição brasileira, que joga a reputação da cidade de Porto Seguro na lama.
E isso no Brasil de Lula e na Bahia de Wagner.
O Estado Democrático de Direito não pode tombar mortalmente nos braços da impunidade.
A sociedade impotente se entrega refém do medo.
Morre também com Álvaro e seu colega Elisney um pedaço de cada um de nós que tem sede de Justiça e de Paz.
Vai para debaixo da terra toda a esperança que eles plantaram em suas trajetórias de luta como educadores e dirigentes sindicais.
E cabe a nós sobreviventes a tarefa de regar os rebentos que porventura surjam dessas sementes, mesmo que alguns desistam, ainda assim é preciso regar de novo o sonho de um mundo justo e pacífico.
Mataram Álvaro e Elisney covardemente, numa emboscada, ato brutal e repugnante.
Mas a impunidade não pode prevalecer. Temos a obrigação moral de resistir e seguir em frente, em respeito a honra dos professores mártires dessa história.
Devemos e podemos reerguer o Estado Democrático de Direito, convocar a sociedade para saber quem está do lado de quem. As entidades constituídas precisam dar as mãos e formar uma corrente capaz de enfrentar a realidade.
Precisamos cobrar das autoridades que encontrem os verdadeiros culpados e que eles sejam punidos.
Que Álvaro e Elisney vivam para sempre em nossos corações e mentes.
Geraldinho Alves
REDE IMPRENSA LIVRE – BLOG E JORNAL
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