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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Bahia gera 44 mil empregos no ano

O estado acumula quase 11 mil novos empregos em agosto
Em agosto, foram criados 11.085 novos empregos com carteira assinada na Bahia. O número é recorde na série histórica para esse mês e maior do que o encontrado em julho, mês imediatamente anterior, quando o saldo chegou a 9.729 postos. No Brasil, foram gerados 242.126 novos empregos no mês. O saldo também é recorde da série histórica para o período e o melhor resultado do ano, fazendo o País acumular 680.034 novos empregos em 2009. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED/MTE), divulgados com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.
Nos oito primeiros meses de 2009 (janeiro a agosto), a Bahia criou 43.975 postos de trabalho com carteira assinada, uma variação de 3,28%, acima das médias nacional (2,13%) e nordestina (0,79%). O número ainda não é superior aos 57.633 postos criados no mesmo período de 2008.
O secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, recebeu com otimismo os novos dados do CAGED. “No acumulado do ano a Bahia teve um saldo positivo de 43.975 novos postos de trabalho, o que representa cerca de 15% a mais do total das vagas criadas no Nordeste no mesmo período, confirmando a liderança do estado na condução da política econômica da região”, ressalta Pinheiro, lembrando ainda que neste mesmo período o interior respondeu por 56% do total no estado, o que demonstra o acerto das políticas de descentralização das atividades econômicas do Governo da Bahia.

Segundo o corpo técnico da SEI, o saldo atual de 11.085 empregos confirma e consolida a recuperação do mercado de trabalho formal na Bahia, ratificando a tendência progressiva de ampliação do emprego nos meses de janeiro a agosto. Esse quadro reflete o abrandamento dos efeitos negativos da crise econômica e financeira internacional.
A abertura de postos com carteira assinada na Bahia concentrou-se nos Serviços (4.343 empregos), Construção Civil (3.780 vagas formais de trabalho) e Indústria de Transformação (2.491 postos). Por outro lado, a Agropecuária foi o único setor com resultado negativo no mês ao eliminar 2.449 postos.
Embora os destaques na criação de emprego continuem sendo os setores de serviços e construção civil, o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, chama atenção para o resultado da geração de empregos na indústria de transformação, com 2.491 postos, “o que sinaliza o aquecimento desse importante segmento, cujo perfil majoritário é a indústria de bens intermediários, que tenderá a ter sua demanda reforçada pelo retorno do dinamismo econômico do centro-sul do país e mesmo de alguns mercados do exterior”.
O diretor geral da SEI lembra que com este resultado a Bahia já superou o patamar de todo o ano de 2008 que foi de 41 mil postos, apostando que mesmo com possíveis retrações sazonais em novembro e dezembro é factível pelo menos manter o mesmo patamar.

Mais de 7mil postos estão na RMS

Do ponto de vista intra-estadual, as vagas celetistas foram criadas, predominantemente, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), com um saldo de 7.370 empregos este mês, o que equivale a 66,5% do total estadual. Já o interior do estado gerou 3.715 postos de trabalho com carteira assinada, representando 33,5% do saldo de empregos baiano.Dentre os municípios da RMS, Salvador (5.370), Lauro de Freitas (952) e Camaçari (637) foram os maiores geradores de postos de trabalho com carteira assinada em agosto de 2009. No grupo dos municípios do interior, destacaram-se Feira de Santana (1.142) e Itapetinga (678).Dias D’Ávila (-456 postos) foi o único município metropolitano que se destacou no grupo daqueles que tiveram os menores saldos de empregos em agosto de 2009. No interior do estado, os desempenhos mais negativos na geração de postos celetistas ficaram por conta de: Encruzilhada (-558) e Teixeira de Freitas (-444).

Cerca de 56% dos postos gerados em 2009 estão no interior do estado

No período dos oito primeiros meses de 2009 (janeiro a agosto), tem ênfase a participação do interior do estado no saldo anual. A região não-metropolitana foi a mais expressiva, com 24.757 empregos gerados ou 56,3% do total, enquanto que a RMS criou 19.218 empregos com carteira assinada, o equivalente a 43,7%.
Os municípios metropolitanos que mais criaram vagas com carteira assinada foram Salvador (15.891) e Lauro de Freitas (2.650). Com relação aos municípios da região não-metropolitana, Juazeiro (4.334) e Casa Nova (2.362) foram os que mais se sobressaíram.
Por outro lado, Dias D’Ávila (-1.008) e Simões Filho (-366), na RMS, foram os que mais fecharam vagas celetistas, e Mata de São João, Porto Seguro e Eunápolis foram os municípios do interior do estado que registraram os saldos mais negativos: -598, -489 e -441empregos, respectivamente.
Os setores de Serviços e Construção Civil foram os que mais geraram postos de trabalho celetistas de janeiro a agosto de 2009, sendo responsáveis por saldos de 14.691 e de 14.206 empregos, respectivamente. A Agropecuária (7.401) também teve bom desempenho. Por outro lado, a Indústria Extrativa Mineral e a Administração tiveram os saldos mais negativos, implicando no fechamento de 248 e 182 postos de trabalho celetistas, respectivamente.

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