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sábado, 31 de outubro de 2009

Sociedade de hipócritas

Recentemente, um fato chocou o Brasil e causou revolta até mesmo nos meios mais conservadores. A graduanda Geyse Arruda, 20, do curso de Turismo, da Faculdade Bandeirantes, foi vítima de preconceito e discriminação por parte de alguns “estudantes”, que se proclamavam defensores da moral e da boa conduta.

Arruda, depois de uma apresentação, trocou a blusa preta de manga comprida e o jeans que usava pelo vestido rosa-choque. Após esse momento, a estudante passou a ser ridiculariza e xingada pelos corredores da Universidade, fato que se estendeu durante o período em que ela permaneceu em sala de aula. Segundo o Jornal Folha de São Paulo, cerca de 700 alunos participaram da confusão, sendo que a polícia teve de ser acionada para intervir e retirar a estudande em segurança da faculdade.

A universidade é uma instituição comumente vinculada à liberdade de expressão, liberalidade, diversidade de crenças, costumes, ideologias e concepções, dessa vez, por intermédio de “estudantes”, dá um péssimo exemplo de preconceito, retrocesso e hipocrisia. A cena ocorrida lembra o cenário de um grupo de radicais religiosos ensandecidos, querendo trucidar a “infiel”.

Alguns “manifestantes” argumentam que a estudante estava vestida de forma inadequada, fato que comprometeria a imagem da universidade. Sem dúvida, não é leviano afirmar que dentre os “manifestantes” universitários havia corruptos, usuários de drogas, prostitutas, ladrões e alcólatras, fato corriqueiro hoje nas faculdades brasileiras.

Como se nota, o repúdio à estudante é apenas mais um ato estúpido e hipócrita de uma sociedade alicerçada em falsos valores e contradições. A universidade é uma instituição formadora de opinião e de grande representatividade social, portanto é necessário que a Faculdade Bandeirantes dê uma resposta rápida e rígida aos “manifestantes”. Punições como advertência escrita, suspensão ou até mesmo expulsão da instituição devem ser levadas em consideração. Esse procedimento (punição) servirá para que não haja a legitimação das práticas de intolerância, hipocrisia, estupidez e discriminação. Afinal, a universidade deve dar exemplos. (www.samysantos.com.br)

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