De volta à articulação política desde que interferiu junto à direção do PSC a fim de impedir que a bancada do partido na Assembléia Legislativa fechasse questão contra a reeleição de Jaques Wagner (PT), o secretário estadual Walter Pinheiro (Planejamento) tem insinuado que será candidato a uma das duas vagas ao Senado na chapa do governador.
Nas conversas que trava, principalmente, nas rodas políticas, Pinheiro diz não ver sentido em o PT abrir mão de disputar duas posições nas eleições majoritárias do próximo ano, afirmando, em seguida, que seu nome seria o mais adequado para o desafio em decorrência da exposição que obteve por ocasião da campanha à Prefeitura de Salvador, em 2008, que perdeu.
Desde que foram iniciadas informalmente as conversações com vistas à formação da chapa de Wagner, no início do ano, o nome de Pinheiro e o do secretário estadual Nelson Pelegrino (Justiça) surgiram como opções naturais do PT para o Senado até a realização de uma reunião do diretório estadual em que o partido decidiu deixar o governador livre para fazer as composições.
A posição coincidiu com o momento em que o governo buscava reestruturar-se politicamente em seguida ao rompimento com o PMDB, reforçando a posição na máquina estadual de partidos como o PP e o PDT, e atraindo o apoio de quadros como o conselheiro Otto Alencar, considerado nome certo para disputar, ao lado de Wagner, uma das vagas ao Senado que estarão em jogo em 2010.
Caso a determinação de Pinheiro seja verdadeira e o PT a encampe, o governador será obrigado a promover uma nova acomodação entre as forças que apoiarão sua reeleição no ano que vem, já que desde que filiou-se ao PDT, no início do mês, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, aparece como opção cada vez mais forte para disputar a vice em sua chapa.
Num cenário em que o PT estaria representado na majoritária apenas pelo nome de Wagner, a chapa seria completada com Nilo, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) e o conselheiro Otto Alencar, ambos como potenciais nomes ao Senado. Mas se o PT forçar a passagem para Pinheiro, entretanto, o único nome certo na disputa voltará a ser o do governador.
Do Política Livre
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