Em entrevista exclusiva concedida ao Jornal Bahia Online, o secretário estadual de Planejamento, Walter Pinheiro, disse que “a Bahia não pode ser contra a própria Bahia” e que, por este motivo, a construção do Complexo Intermodal Porto Sul – composto por uma ferrovia, um porto e um aeroporto internacional – é uma questão irreversível e necessária para integrar o estado.“Este projeto não pode ser tratado como uma questão irresponsável”, disse o secretário, numa clara alusão ao que pensam os ambientalistas, contrários ao empreendimento, que ameaçam ir às últimas instâncias para impedir a obra. “Esse tipo de debate pressupõe-se a interrupção de um processo de investimento importante para o resgate da região e para a integração da Bahia”, afirmou.
Para Pinheiro, a obra não é mais unicamente da região sul. “Ela é uma das maiores intervenções sob o ponto de vista do desenvolvimento econômico, sustentável, de logística e infra-estrutura desde a chegada de Cabral (Pedro Álvares Cabral) ao Brasil”. De acordo com o secretário, todas as condições e preocupações, além de adoção de medidas de convivência com o meio ambiente, estão sendo adotadas pelo governo baiano. “Não temos mais nenhum motivo para que esta obra não saia”, ressaltou.
No que diz respeito ao polêmico projeto do novo aeroporto internacional que, segundo o governo da Bahia está sendo planejado e, de acordo com a Infraero, ainda nem saiu do papel por que o estado não encaminhou o levantamento topográfico da área proposta, Pinheiro foi enfático. “O aeroporto sai”. Segundo explicou, é preciso compreender a natureza de cada investimento. “Fizemos primeiro um processo de identificação para a instalação da ferrovia. Concluímos a etapa do porto e, agora, vamos começar um processo da secretaria de Planejamento junto a Infraero para a construção ao aeroporto internacional, providenciando emendas ao Plano Plurianual (PPA) e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias do estado e do governo federal.
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