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terça-feira, 14 de julho de 2009

O prêmio do Serrra não era da ONU


Na segunda-feira 6, Serra embarcou para a Europa dizendo que seria homenageado na Organização das Nações Unidas. A mesma ONU que, por meio da Unesco, seu braço para a educação, concedeu o Prêmio pela Paz Felix Houphou-ët-Boigny ao presidente Lula no dia 7.Às 8h33 da terça, Serra anunciou pelo Twitter: “Desembarquei há pouco em Genebra. Cansado. E ainda tenho de escrever o discurso que vou fazer amanhã, no plenário do Conselho da ONU”.Na quarta, às 10h25, o Portal do Governo de São Paulo deu a seguinte manchete: “Serra agradece homenagem na sede da ONU, em Genebra”. O site de notícias do PSDB abriu sua cobertura na mesma linha: “O governador de São Paulo, José Serra, recebeu hoje em Genebra, na sede das Nações Unidas (ONU), uma homenagem por sua atuação à frente das políticas públicas de saúde”. A informação de que o prêmio não era da ONU, mas de uma certa Organização Mundial da Família, “filiada à ONU”, só aparecia depois.Preocupado com eventuais confusões, o escritório da ONU no Brasil achou melhor divulgar uma nota de esclarecimento: “A World Family Organization (WFO, Organização Mundial da Família) não é uma entidade da Organização das Nações Unidas. Trata-se de uma Organização Não Governamental (ONG) associada ao Conselho Econômico e Social da ONU (...) As ONGs associadas não representam a ONU nem podem, em qualquer hipótese, falar em nome da Organização.”Mas, afinal, o que é a WFO?
Trata-se de uma entidade fundada em 1947 que faz serviços voluntários para a ONU. Dirigida pela médica brasileira Deisi Kusztra, é hoje uma das 3.162 ONGs associadas ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. O escritório de sua presidência fica em Curitiba, a mais de 9 mil quilômetros de Genebra. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, que tem um correspondente na Suíça, a homenagem a Serra ocorreu dentro de uma sala da ONU.Além de Serra, outras duas personalidades foram homenageadas pela WFO. Uma foi a princesa do Kuwait, Sheikha Fariha Al-Sabah. A outra foi a ex-primeira-dama do Reino Unido Cherie Blair. Nenhuma delas apareceu para pegar o prêmio. (Revista Época)

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