Não são apenas promessas de campanha que o governo do Capitão Azevedo está empurrando para debaixo do tapete. Os próprios compromissos assumidos pela administração também passaram a valer muito pouco.
Segue um exemplo: no último dia 15, representantes dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias sentaram-se com três secretários do prefeito - os da Saúde, Administração e Planejamento.
A pauta da conversa foi o reajuste salarial da categoria e os três secretários firmaram o compromisso de que o governo lhes concederia uma reposição de 25%, além de 20% de adicional de insalubridade e mais R$ 150,00 de cesta básica (a partir de julho).
Na prática, no caso dos agentes comunitários, o reajuste não cria nenhum ônus adicional para o município, já que ele estará pagando única e exclusivamente o que o Governo Federal lhe repassa. Até hoje, a Prefeitura de Itabuna ficava no lucro, pois recebia mais e pagava menos para manter o Programa de Agentes Comunitários de Saúde.
Mesmo assim, o aumento concedido a uma categoria virou argumento para o Sindicato dos Servidores do Município ir pra cima do governo, cobrando tratamento igual para todos os funcionários. A reposta veio hoje, quando o prefeito afirmou que voltará atrás com relação ao que foi concedido aos agentes.
Por enquanto, está posto que ficará valendo apenas a reposição salarial e o adicional de insalubridade, cujo percentual não se sabe se vai incidir sobre o piso ou o salário mínimo. Quanto à cesta básica a partir de julho, já era.
Azevedo desautorizou, na reunião de hoje à noite, os secretários Gilson Nascimento (Administração), Maurício Athayde (Planejamento) e Antônio Vieira (Saúde), que haviam firmado o acordo com o Sindicato. Ficou o dito pelo não dito, em mais um capítulo mal-escrito de um governo totalmente atrapalhado.
Pimenta na Muqueca
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