PORTO SEGURO – O uso do partido político como legenda de aluguel é prática comum na Bahia, nem mesmo as grandes legendas escapam dessa cultura nociva que não leva em conta os filiados, sempre usados como massa de manobra. Valem sempre os interesses – políticos e econômicos - do presidente municipal e da Executiva Estadual.
CARTAO deputado federal pernambucano Roberto Freire, presidente nacional do PPS – Partido Popular Socialista, esteve neste final de semana em Porto Seguro, para um seminário sobre a crise mundial, mas acabou passando vexame ao receber uma carta de protesto escrita pelo advogado Romálio Moura, representante da Comissão de ex-filiados e ex-candidatos do PPS de Porto Seguro.
TRECHOSA carta bate pesado no partido: “Aqui em Porto Seguro o dinheiro falou mais alto do que a história e a tradição do PPS”... “O PPS em Porto Seguro e na Bahia é o retrato da corrupção e da ganância pelo dinheiro e por mordomias”.
ARMAÇÕESO presidente do partido no município, Mário Jorge, e o presidente do diretório estadual, George Gurgel, são acusados no documento de terem feito uma negociata com o então prefeito de Porto Seguro Jânio Natal para entregar o partido ao grupo do prefeito, o que impossibilitou 22 candidaturas a vereador de importantes lideranças no município na eleição do ano passado.
DECEPÇÃORoberto Freire, visivelmente constrangido, prometeu levar a carta ao conselho de ética do partido. Mas o brilho de sua visita acabou sendo ofuscado pelo protesto.
Por Geraldinho Alves, 12/4/09 - 20h
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