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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Estabilidade econômica do país permite redução de juros, diz presidente do BC

O presidente do BC (Banco Central), Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira que a estabilização da economia dá mais margem de manobra ao BC sobre a política monetária. Ele ressaltou que a recente queda da taxa básica de juros (Selic), que está no menor nível da história (11,25% a ano), é fruto do quadro mais estável da economia brasileira.
Meirelles alegou que, anteriormente, a queda do nível de atividade da economia não implicava necessariamente na redução da taxa de juros. Ele citou como exemplo a redução do ritmo de crescimento da economia em 2003, defendendo a posição do BC de manter a taxa de juros, diante de uma economia mais volátil.
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"O nível de atividade cai, e cai a expectativa de inflação. Óbvio, aconteceu em vários países do mundo. Mas não acontecia no Brasil antes... Em resumo, o Brasil está ganhando margem de manobra em função de sua estabilização econômica, que está bem ancorada nos últimos anos", afirmou, durante o seminário 'Cenários da Economia Brasileira e Mundial', promovido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), no Rio.
Meirelles reafirmou que a economia brasileira sairá mais fortalecida da crise econômica em comparação com outros momentos de turbulência. Segundo ele, o Brasil está mais sólido e a preservação dessa condição é fundamental para os próximos anos.
"O Brasil sairá mais forte dessa crise do que em quadros semelhantes na história das últimas décadas, com condições de crescer de forma sustentada", observou, destacando que poucos países como Brasil têm reservas para repor o crédito externo direcionado às exportações.
A mesma defesa foi feita pela manhã em São Paulo. "É importante garantir juros mais baixos no futuro, de modo que isso permita um crescimento sustentável e sem os desequilíbrios do passado", disse Meirelles em um fórum com representantes de pequenas e médias empresas na sede da Fiesp (Federação de Indústrias do Estado de São Paulo).
"Podemos ter aspirações de juros menores, mas uma economia em que a demanda doméstica cresce 9,3% [ao ano] não é reprimida pelo Banco Central", apontou o presidente do BC.
Segundo economistas consultados pela autoridade monetária para seu relatório semanal Focus, a taxa Selic poderá cair até 9,25% no final do ano.
Folha on-line

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