Por: Samy Santos
O crack, droga de uso recreativo, sendo composto por pasta básica de cocaína misturada com bicarbonato de sódio, vem chegado de forma silenciosa até mesmo nas pequenas cidades brasileiras. Silenciosa em razão de grande parte da população não ter noção de seu crescimento, efeitos e de seu vínculo direto com uma enorme quantidade de crimes.
Um dos maiores empecilhos ao combate a qualquer problema é a falta de conhecimento, e os prejuízos decorrentes do uso do crack não se furtam a essa realidade, haja vista que, de maneira geral, as pessoas não conhecem, de forma precisa, a composição, efeitos e mecanismos que facilitam o vício imediato por parte dos usuários, dentre outras coisas.
Como não há nas pequenas cidades pesquisas sérias sobre o uso do crack e seu vertiginoso crescimento, sobretudo entre os jovens, cria-se a falsa crença de que uma droga tão poderosa como essa só existe nas grandes cidades. Percebe-se, então, que estratégias de conscientização, tratamento e prevenção acerca dos malefícios do crack precisam estar, sem dúvida, vinculadas a um mapeamento do consumo, logística e principal público-alvo dessa droga.
Outra questão grave é que as pessoas costumam ver as drogas, como o crack, de forma isolada, visto que, na maioria das vezes, não as atrelam ao aumento dos assassinatos, da prostituição, dos estupros ou pequenos furtos, por exemplo. Devido à enorme dependência oriunda do uso do crack, muitos usuários praticam atos ilícitos para sustentar o vício.
O Brasil ainda precisa amadurecer muito no que tange aos graves problemas que assolam a sociedade, pois a política brasileira não é, ainda, a da prevenção. Este ano o país sinaliza uma iniciativa inédita e singular, uma vez que promove a Campanha Nacional de Alerta e Prevenção do Uso de Crack. Nesse contexto, é preciso parabenizar os sites Notícias de Ipiaú, Ipiaú Hoje e Ibirataia Notícias por abraçarem o projeto.
É preciso salientar, no entanto, que há muitas outras drogas potentes como o crack. Assim, a adoção de campanhas como estas precisam ser mais amplas e possuir um plano prático de intervenção. Ademais, é necessário que esta campanha de alerta e prevenção do uso do crack não sirva apenas para fins alegóricos e eleitoreiros, visto que muitas realizadas até agora caíram rapidamente no esquecimento e por consequência (e também lógica) se mostraram ineficazes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário