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terça-feira, 30 de junho de 2009

EXCLUSIVO: Medo de perda de controle e da derrota de atuais deputados inviabilizou acordo de PSC com governo

Uma restrição da Assembléia de Deus ao ingresso no PSC de alguns nomes de um grupo de cerca de sete deputados é um dos principais empecilhos a um entendimento entre o partido e o governo do Estado. O outro é a negativa do comando nacional da legenda em transferir o comando do PSC das mãos do ex-deputado Eliel Santana para um dos membros do time governista.
A revelação foi feita há pouco ao Política Livre pelo deputado estadual Carlos Ubaldino, líder do PSC e vice-líder do governo na Assembléia Legislativa. Segundo ele, além de Eliel gozar da extrema confiança da direção nacional do PSC, a Igreja teme comprometer seu projeto eleitoral para 2010 se deixar todos os sete deputados - seis estaduais e um federal - ingressarem na legenda.
“Temos que peneirar (o ingresso dos deputados) porque isto pode complicar o projeto de futuro do PSC. A Igreja pretende fazer dois deputados federais e mais um estadual nas próximas eleições”, diz Ubaldino, se referindo a ele próprio e à deputada Angela Souza, outra deputada estadual do PSC em cujo projeto de reeleição o PSC, braço político da Assembléia de Deus, aposta.
De acordo com o parlamentar, o partido está em linha ascendente, tendo eleito cinco prefeitos, 20 vices e 157 vereadores nas eleições passadas. Seria um patrimônio que, em sua avaliação, só tende a se consolidar nas próximas eleições com a ampliação de suas bancadas no Estado. Ele também assegura que o projeto de assumir o comando da legenda nunca foi do governo, mas do grupo de deputados governistas.
E nega que o governo do Estado tenha oferecido alguma secretaria de Estado em troca do acordo. Também acrescenta que as negociações (com o governo) ainda não foram encerradas, apontando para a realização de uma reunião amanhã, na Convenção Estadual das Assembléias de Deus, que definirá quais são os parlamentares do grupo interessado que podem ingressar no PSC.
“O deputado Marcelo Nilo (atual presidente da Assembléia), por exemplo, seria uma ótima aquisição”, antecipa, indicando que nem todos contam com a mesma receptividade, ou seja, que a peneira já está funcionando.

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