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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Bahia em "evidência"



                                                                        Por: Samy Santos


Diversos meios de comunicação do Brasil noticiaram, esta semana, algumas das cidades mais perigosas para a juventude. A Bahia, mais uma vez, deu de “goleada”, e conseguiu emplacar 5 cidades entre as 15 mais violentas para o público jovem do país.
Se não bastasse Ilhéus (12º), Lauro de Freitas (14ª), Teixeira de Freitas (8ª), e Camaçari (4ª), a Bahia conseguiu colocar Itabuna no topo da lista, ou seja, a cidade grapiúna é considerada, segundo estudos do Índice de Homicídios na Adolescência – IHA, a cidade mais perigosa para a juventude.
Se a contagem levar em consideração os 30 municípios mais perigosos para a juventude, a Bahia ainda ganha outra representante, visto que Porto Seguro ocupa o 29ª posto no ranking das cidades mais violentas. Como se nota, a situação é grave é requer bastante atenção e responsabilidade.
Inicialmente, é preciso observar que estas cidades não representam casos isolados na Bahia, haja vista que outros municípios, embora não figurem entre os mais violentos do Brasil, apresentam números alarmantes de violência. Para se visualizar, superficialmente, o problema no estado, segundo números da Secretaria de Segurança Pública, faltam mais de 90 delegados nas cidades baianas.
Antes que os oportunistas de plantão (oposicionistas) comecem a bombardear o governo Wagner, é preciso ressaltar que números tão significativos de violência não se “constroem” em um mandato. Assim, o cenário de violência baiano é resultado de um histórico de falta de investimentos em educação, cultura, entretenimento, saúde e segurança pública.
Percebe-se, dessa forma, que a partir das informações divulgadas pela IHA, o poder público, em todas as suas instâncias, passa a contar com um poderoso e sólido instrumento de auxílio para a definição de políticas de segurança pública voltadas à preservação dos jovens brasileiros.
O fato é que é hora de planejamento e implementação de ações. Críticas e acusações oportunistas só servem para trazer ainda mais inoperância. É preciso criar oportunidades para a juventude, o que entre outras coisas significa dizer, oferecer educação de qualidade, acesso a cursos profissionalizantes, políticas voltadas para a cidadania e o 1º emprego. Sem um programa preciso para conter a criminalidade, nas próximas listas de violência a Bahia “emplacará”, certamente, mais cidades. É hora de investir.

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