Um governo democrático, que vê nas alianças partidárias a forma de agregar valores a seu projeto político e consequentemente se fortalecer para futuros pleitos, deve estar atento às ramificações fisiológicas incravadas no jogo de interesses pessoais de cada líder ou dono de legendas. Construir alianças com determinadas legendas, acreditando que todo o quadro político do partido irá aderir ao projeto é algo muito perigoso.
Recentemente, o Partido Progressista(PP), confirmou o seu apoio ao governo Jaques Wagner, sendo contemplado com duas importantes secretarias(Agricultura e Infraestrutura). Ainda assim, o governador Wagner não conseguiu a adesão de todos os prefeitos do PP.
O prefeito de Itajuípe, Marcos Dantas, por exemplo, é filiado à legenda de João Leão, mas irá apoiar para deputado estadual Heraldo Rocha(DEM), líder da oposição na ALBA e federal, Claudio Cajado(DEM), ambos trabalham contra o modelo petista de governa , tanto a nível estadual, quanto nacional.
O prefeito de Uruçuca e presidente da AMURC, Moacyr Leite, também do PP, já declarou apoio à reeleição do senador Cesar Borges(PR), que na Bahia faz oposição ferrenha ao projeto de esquerda, apoiará José Carlos Araújo(PR) para deputado Federal, que segue a mesma linha de Cesar Borges e há fortes possiblidade de apoiar Paulo Souto para o governo da Bahia. Diante da incapacidade do PP em enquadrar seus filiados ocupantes de cargos públicos, o projeto de coalisão par governar deixa de ser fundamental e passa a ser aliança do faz de conta. Quem nos dirá que em meados de 2010 o PP não contrairá a mesma doença do PMDB?
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